Mais de 700 mil imóveis na Grande São Paulo estão sem energia elétrica na manhã de hoje, dois dias após o início do apagão com a passagem de um ciclone extratropical que gerou vendaval.
O que aconteceu
Em toda Grande São Paulo, são 757.6777 imóveis afetados até a última atualização, de 9h46. Na quarta-feira (10), eram 2,2 milhões afetados e, até o início da noite de ontem, esse número reduziu para 1 milhão, de acordo com dados da Enel.Enel alega que, em alguns locais, o restabelecimento é "mais complexo". Em nota, a empresa disse que alguns casos envolvem a reconstrução da rede, com substituição de postes, transformadores e, por vezes, recondução de quilômetros de cabo.
Só na capital paulista, são quase 580 mil pontos sem o serviço. Ainda ontem, quase 20% da cidade estava sob o escuro. O valor, no entanto, reduziu para metade hoje -o que significa que 10% do território seguem sem luz.
Na região metropolitana, Juquitiba é o município que enfrenta a situação mais crítica. No local, mais de 30% estão sem energia elétrica, o que corresponde a 5 mil imóveis de 17 mil totais, segundo informações da própria concessionária.
Ontem, uma cidade da Grande São Paulo ficou quase completamente apagada. Embu-Guaçu estava com cerca de 99% sem energia e foi restabelecendo o serviço ao longo do dia. Hoje, 17% continuam prejudicados.
Queda no fornecimento de energia impacta o fornecimento de água de parte da capital e algumas cidades da Região Metropolitana, informou a Sabesp. Seguem sem energia os sistemas de abastecimento de Parelheiros, zona sul; Parque do Carmo, zona leste; e Vila Romana, zona oeste. Outras cidades têm parte de seus bairros afetados: Guarulhos (Pimentas), Francisco Morato (Jardim Arpoador) e Caieiras (centro). A empresa diz que bairros vizinhos à lista de regiões afetadas também são impactados, já que os reservatórios e estações de bombeamento paralisados atendem a várias áreas do entorno.
Voos no aeroporto de Congonhas estão normais na manhã desta sexta. O UOL entrou em contato para saber sobre as operações no Aeroporto Internacional de Guarulhos e aguarda retorno. Ontem, ao menos 180 voos foram cancelados nos dois aeroportos.
167 semáforos estão apagados por falta de energia. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), além deles, outros 10 não estão funcionando por falhas e três em amarelo piscante.
Previsão é de mais chuva para o estado nesta sexta. O dia começou com pancadas no centro-oeste paulista, que se espalhará para todo o território. Alerta maior é para as metades oeste e norte paulista, onde o risco de chuva forte e temporais pe elevado.
Vendaval
Três pessoas morreram em São Paulo desde o início do vendaval. Um homem de 54 anos foi soterrado em Campos do Jordão, no interior; uma mulher de 54 anos morreu no Jardim Sapopemba, na zona leste da capital, após um muro desabar sobre ela; e o zelador de um prédio no centro da cidade foi a última vítima. Ele morreu após cair de uma árvore enquanto tentava retirar um galho que obstruía a rua PiauíRede de Reabilitação Lucy Montoro, no Jardim Vila Mariana, na capital, funciona por gerador. Segundo o governo estadual, a unidade de saúde, destinada a pessoas com deficiências físicas, está utilizando 250 litros de diesel para os geradores.
Ontem, o Hospital São Paulo, também na capital, operou parcialmente devido aos efeitos do vendaval. Dois ambulatórios funcionavam com restrições. O UOL tenta contato com a unidade de saúde para informações atualizadas.
Previsão é de mais chuva para o estado nesta sexta. O dia começou com pancadas no centro-oeste paulista, que se espalhará para todo o território. Alerta maior é para as metades oeste e norte paulista, onde o risco de chuva forte e temporais pe elevado.
Uol
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