Paulo Frateschi em foto de 2010, quando era presidente estadual do PT - Caio Guatelli/Folhapress |
Ex-deputado do PT Paulo Frateschi morre esfaqueado pelo filho

Ex-deputado do PT Paulo Frateschi morre esfaqueado pelo filho

  • Amigo pessoal de Lula e dirigente histórico do partido, ele já tinha perdido dois filhos em acidentes de carro
  • De acordo com registro policial, jovem agrediu também a mãe depois de um surto psicótico

Mônica Bergamo

O ex-deputado do PT Paulo Frateschi morreu esfaqueado nesta quinta (6).

De acordo com registro policial, PMs noticiaram que foram acionados para verificar "ocorrência de indivíduo esfaqueado no local dos fatos, para onde foram.

Assim que chegaram, a vítima estava caída na cozinha do imóvel, com um ferimento na região do abdômen". Eles afirmam ainda no registro que, "segundo informações, o filho da vítima esfaqueou o pai em um momento de surto".

A mãe, Iolanda Maux, "também foi agredida" e sofreu uma fratura no braço, sendo socorrida. Frateschi foi socorrido no Hospital das Clínicas, mas não resistiu. O filho foi detido.

Um outro relato policial afirma que houve registro de ocorrência "em âmbito familiar envolvendo a vitima e ex-parlamentar Paulo Frateschi, na qual, após desinteligência com seu filho", agrediu o pai "utilizando uma faca, atingindo no abdômen e braço, sendo o pai socorrido no Hospital das Clínicas".

Ex-presidente estadual do PT e amigo pessoal de Lula, Frateschi já tinha perdido dois filhos.

Em 2002, seu filho Pedro Frateschi, de 7 anos, morreu em um acidente na rodovia Carvalho Pinto, no município de Guararema (a 76 km de São Paulo). Ele estava voltando com a família de Parati. O carro era dirigido pela mulher de Frateschi, Iolanda.

Um ano depois, outro filho, J'úlio Frateschi, de 16 anos, morreu também de acidente de carro.

O adolescente, segundo a Polícia Rodoviária Federal informou na época, dirigia um carro que capotou com ele e mais três pessoas por volta de 4h30 da quinta-feira passada, no quilômetro 572 da rodovia Rio-Santos, entre Parati e Angra dos Reis, no litoral fluminense.
No carro, também estavam a irmã de Júlio, Luiza Viana Frateschi, 19, e mais dois primos.

O velório de Júlio foi acompanhado por Lula e pelos então ministros Antonio Palocci (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil), a então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, e o então presidente nacional do PT, José Genoino. Frei Betto, frade dominicano e então assessor da Presidência, fez uma celebração com a presença de Lula.

Folha de S.Paulo
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