KPMG divulga pesquisa sobre 5G: 71% dos executivos vão utilizar nova tecnologia

KPMG divulga pesquisa sobre 5G: 71% dos executivos vão utilizar nova tecnologia

Pesquisa intitulada "Tecnologia 5G: a hiperconectividade que vai mudar o mundo", divulgada pela empresa de consultoria KPMG, indica que a grande maioria dos executivos brasileiros pretende utilizar a nova tecnologia de telecomunicações num prazo de até cinco anos. Além deles, outro grupo formado por 20% dos entrevistados contaram que já estão investindo; 8% ainda não sabem qual a política será adotada por suas empresas e apenas 1% informou que não pretende utilizar o recurso.

O estudo apresentado KPMG ouviu 110 executivos do Brasil, sendo 32% CFOs e 18% CEOs, vindos de setores diversos da economia: serviços financeiros (22%), indústria (19%), consumo e varejo (9%), tecnologia e software (8%), saúde (6%), consultoria (4%), agronegócio (4%), energia e recursos naturais (3%), ciências da vida (2%), mídia social (2%), automotivo (2%), infraestrutura (2%) e esportes (1%).

Esses dirigentes atuam em companhias que faturam, por ano, mais de R$ 300 milhões (43%), entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões (21%), entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões (19%), até R$ 360 mil (9%), além de outras (8%) que não informaram suas receitas anuais.
Quase metade dos entrevistados (46%) não soube precisar quanto investirá na tecnologia 5G. Entre aqueles com orçamento definido, as cifras não ultrapassam R$ 50 milhões. Um quarto (25%) pretende investir até R$ 1 milhão. A faixa que deve gastar entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões corresponde a 14%, e outros 15% vão investir entre R$ 11 milhões e R$ 50 milhões.

No Brasil, o 5G também deve beneficiar diretamente a economia. A expectativa da maioria (79%) dos entrevistados é que contribua para novos modelos de negócios. Para o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), um aumento de 10% nos serviços de banda larga no Brasil estaria associado a uma alta de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB).


Sobre a aplicação do 5G, 20% dos entrevistados indicaram recursos para a infraestrutura de tecnologia da informação e nuvem, seguidos por experiência do cliente (14%) e marketing e comunicação (13%). As demais aplicações indicadas serão: cadeia de suprimentos e logística (12%), operações e backoffice (12%), gestão de pessoas e treinamento (10%), e-commerce (9%), produção e manufatura (8%).

Além da estimativa do BID, para o Ministério das Comunicações, o agronegócio brasileiro pode crescer em torno de 10% nos primeiros anos de aplicação do 5G, conforme dados divulgados pelo site TIInside, para quem o 5G também impactará setores de serviço, indústria e saúde. Outro site especializado, o Telesintese, divulgou que, há dois anos, a sueca Ericsson previu que investimento em 5G no Brasil seria de R$ 9,2 bilhões até 2025. A estimativa total de investimentos para os próximos anos, englobando governo federal e iniciativa privada, deve superar a casa dos R$ 140 bilhões.

Veja a pesquisa completa: