Naquele dia ensolarado, as pessoas se apressam para o trabalho e afazeres. Na estação de trem que os trouxe para a cidade, funcionários da Prefeitura de Londres, vestidos com terno, gravata e chapéu "coco", informam o novato, Mr. Wakeling, que está em seu primeiro dia de trabalho. Surpreso, ele tinha notado que o chefe da repartição, Mr. Williams, também estava no mesmo trem mas ia só, em silêncio.
Já sentados na sala de trabalho, o novato repara na altura das pilhas de papéis frente a cada um. A vizinha de mesa, Miss Harris, simpática, avisa que seria adequado não deixar que a sua pilha fosse nem tão alta nem tão baixa, porque senão as pessoas iam pensar que ele não tinha muito o que fazer ou era relapso.
Conta que esperava uma carta de referências porque ia se demitir.
Nesse momento entra um grupo de mulheres que relatam dificuldades para encaminhar um projeto. Já visitaram vários departamentos mas não são atendidas ou porque falta algum documento ou é a repartição errada.

Mr. Williams indica o novato para acompanhá-las. Mas ele também percebe que ninguém está muito interessado no projeto, um parquinho para as crianças das redondezas.
E o projeto vai para a pilha.
Aqui, todos esperam. Somos assim. O nosso destino é esperar. Pela morte? E enquanto ela não vem?
A moral da história traz uma lição. O personagem que recebeu a notícia ruim do médico, interpretado pelo excelente Bill Nighy, foi o único que trabalhou em prol do parquinho das crianças. Era uma recordação da sua infância. E foi amado e aplaudido só depois do inevitável fim.
Vamos pensar sobre nosso "parquinho das crianças" e trabalhar para que sonhos não fiquem esquecidos em nossa "pilha de papéis"?




