Ação durou 4 minutos, segundo ministro do Interior. Criminosos usaram um guindaste para acessar o prédio do museu. Uma das peças, uma coroa, foi achada em uma rua de Paris.
O roubo de joias de uma galeria do museu do Louvre, em Paris, neste domingo (19), ocorreu em apenas quatro minutos e por um grupo de, no máximo, quatro criminosos, segundo disse o ministro do Interior da França, Laurent Nuñez.
O Ministério Público da França informou que já abriu uma investigação sobre o roubo e o grupo criminoso que invadiu o museu. Nuñez deu detalhes do que a polícia já sabe sobre o caso, que chocou o país europeu e fez o Louvre, o museu mais visitado do mundo, fechar as portas.
Uma das peças roubadas foi encontrada em uma rua de Paris. É a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, composta por 1.354 diamantes e 56 esmeraldas.
Saiba, abaixo, o que a polícia já sabe sobre o roubo, segundo o Ministério do Interior:
- O roubo foi executado por "três ou quatro" criminosos;
- Para acessar o museu, os ladrões utilizaram um guindaste instalado em um caminhão - o ministro ainda não detalhou, no entanto, como o veículo se aproximou tanto do museu sem que seguranças desconfiassem;
- Eles entraram pelo bloco do museu que fica ao lado do rio Sena;
- Depois, utilizaram um elevador de carga para chegar à galeria Apollo, onde ficam as joias que sobraram da monarquia francesa e onde ocorreu o roubo;
- Os criminosos estavam armados e portavam também pequenas motosserras;
- O grupo levou nove joias;
- Depois, fugiram em uma scooter, uma moto pequena.
- Toda a ação durou cerca de quatro minutos e ocorreu por volta das 9h30 no horário local (4h30 no horário de Brasília).
- Uma coroa de diamantes e esmeraldas levada do museu foi encontrada e recuperada
O Louvre fechou as portas logo após abrir, e continuará fechado durante este domingo, informou o governo francês.
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Infográfico: onde foi o roubo de joias no Museu do Louvre, em Paris - Foto: Arte/g1
'Valor inestimável'
As joias do museu do Louvre roubadas tinham um "valor inestimável", disse o ministro do Interior da França após o roubo.
"Essas joias eram um verdadeiro patrimônio", declarou o ministro.
"Eles claramente fizeram um reconhecimento prévio. Parecem muito experientes", disse Nuñez, segundo o jornal francês "Le Figaro".
De acordo com a ministra da Cultura do país, Rachida Dati, ninguém ficou ferido na ação criminosa. "As investigações estão em andamento", afirmou.
O site oficial do Museu do Louvre descreve a Galeria de Apolo como uma obra do rei Luís XIV. Ele reconstruiu a sala após um incêndio, em homenagem ao deus grego que simboliza o sol e a luz.
Entre os destaques da coleção está o diamante Regent, de 140 quilates, considerado um dos mais famosos do mundo. A peça não foi levada pelos ladrões. O diamante foi encontrado em 1698 na Índia e, na época, era o maior diamante conhecido no mundo.
Histórico
O Louvre abriga mais de 33 mil obras que abrangem antiguidades, escultura e pintura - da Mesopotâmia, Egito e mundo clássico aos mestres europeus. Suas atrações principais incluem a Mona Lisa, bem como a Vênus de Milo e a Vitória de Samotrácia.O Louvre tem um longo histórico de furtos e tentativas de roubo. O mais famoso foi em 1911, quando a Mona Lisa desapareceu de sua moldura, roubada por Vincenzo Peruggia, um ex-funcionário que se escondeu dentro do museu e saiu com a pintura debaixo do casaco. A obra foi recuperada dois anos depois, em Florença - episódio que ajudou a transformar o retrato de Leonardo da Vinci na obra de arte mais conhecida do mundo.
Em 1983, duas peças de armadura da era renascentista foram roubadas do Louvre e só recuperadas quase quatro décadas depois. A coleção do museu também carrega o legado de saques da era napoleônica, que ainda hoje geram debates sobre restituição.
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Caminhão com um guindaste que polícia francesa acredita ter sido usado no roubo a joias do museu do Louvre, em 19 de outubro de 2025. - Foto: Gonzalo Fuentes/ Reuters
G1
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